quinta-feira, 28 de março de 2013




Povos indígenas de Pernambuco promovem levante na capital do estado

Centenas de indígenas de povos do agreste e sertão de Pernambuco tomarão o Recife, entre os dias 31 de março e 03 de abril, para o Abril Indígena
26/03/2013
O encontro, articulado pela Comissão de Professores e Professoras Indígenas de Pernambuco (Copipe) e lideranças dos 12 povos do estado, representados pela Apinme, ocorrerá no campus da UFPE e contará com apresentações culturais e religiosas.
A intenção de reunir os 12 povos e mais de mil indígenas é promover um levante no estado, denunciando problemas no atendimento à educação e saúde das comunidades, bem como apontando reivindicações e saídas para as problemáticas. Uma das características do movimento indígena de Pernambuco é de articular as pautas do estado com as dos povos de todo país. 
Para os organizadores do encontro terá destaque e visibilização as estratégias usadas pelo governo federal, ruralistas e grupos econômicos para desconstruir os direitos dos povos indígenas em todo Brasil.
Caso da PEC 215 (transferência do Executivo para o Legislativo do processo de demarcação e homologação), substitutivo ao PL 1610 (mineração em terras indígenas) e concessão de terras indígenas para interesses privados (como fazia o SPI).
O que pretende o movimento indígena pernambucano é ligar as pautas regionais com as nacionais, promovendo um levante dos povos para a defesa dos direitos indígenas garantidos pela Constituição e legislações posteriores, entre eles terra, saúde e educação.
Entre as discussões do Abril Indígena estão os impactos dos grandes empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na vida dos povos do estado e do Nordeste. Dois casos, já com canteiros de obras em execução, é a Transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina. Ambas as obras não atenderam aos requisitos da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Aos jovens indígenas ficou a tarefa de conduzir as discussões sobre cultura e protagonizar o debate sobre cotas indígenas nas universidades públicas. Tema recorrente, no último ano o povo Atikum, da Serra do Uma, sertão pernambucano, formou o primeiro médico do Nordeste. Comitivas de lideranças se reunirão também com autoridades, entre elas representantes do Ministério Público Federal (MPF) e governo de Pernambuco.

Serviço
O quê? Abril Indígena – Acampamento Terra Livre (ATL) Pernambuco; 
Quando? Entre os dias 31 de março e 03 de abril; 
Onde? Estacionamento do Centro de Ciência Sociais Aplicadas (CCSA) – campus da UFPE. Avenida Professor Moraes Rego, Cidade Universitária, Recife. 
Horário? Todo o dia e à noite, até as 24 horas, durante os dias do encontro.  
Para entrevistas e outras informações: Renato Santana, imprensa Cimi: (61) 2106-1670 ou (61) 8293-9113.

FONTE: Brasil de Fato

terça-feira, 26 de março de 2013


PARA REFLETIR


Brasil: Temos talvez o maior exército de doutores semianalfabetos do planeta. Nas escolas públicas, os alunos fingem que aprendem e os professores fingem que ensinam.






Diariamente, o Ministério do Trabalho concede centenas de autorizações a empresas brasileiras para a contratação de empregados estrangeiros. E eles estão chegando aos milhares. E não são cientistas, técnicos, engenheiros e outros profissionais de nível superior. 

Estamos mandando buscar no exterior mestres de obras, cozinheiros, garçons, vendedores de planos turísticos e até pedreiros. O problema é que os empresários brasileiros não conseguem encontrar aqui trabalhadores qualificados para o exercício das mais simples atividades. 
O Brasil está colhendo os frutos de dezenas de anos de omissão e de incompetência no que tange à educação. Temos talvez o maior exército de doutores semianalfabetos do planeta. Nas escolas públicas, os alunos fingem que aprendem e os professores fingem que ensinam. 
Os poucos qualificados se devem quase todos à escola privada. O País em que o presidente da República de há pouco se gabava de não ter estudado e pensa que Abraham Lincoln chegou à presidência dos Estados Unidos com um machado de lenhador sobre os ombros, não consegue entender que a Coreia, o Japão, a Alemanha, só para dar três exemplos, sem petróleo, sem recursos naturais e sem grandes territórios chegaram aonde chegaram pela via da educação. 

Hoje em dia, quem não estuda e se qualifica não pode ser nem bandido, ladrão. Dias atrás, em Goiás, um bandido foi preso e encerrou a carreira de larápio porque falsificou a placa de um carro roubado e nela gravou "Anaplis-GO". Por causa do "o" foi para a cadeia. Logo depois, em São Paulo, foi desarticulada uma quadrilha que vendia carteiras de motorista falsas. Os falsários, que não estudaram, gravaram "Permição" nos documentos que vendiam. 

Foi todo mundo em cana. Bem feito. Quem mandou não estudarem? Vejam que os corruptos bem sucedidos no Brasil de hoje são todos gente letrada, com diploma e anel de doutor. Fernandinho Beira-Mar não estaria na cadeia se fosse doutor. Nenhum analfabeto chega mais a bandido de respeito. Atualmente, até para ser lixeiro o sujeito tem que provar escolaridade. 

Dentro em pouco, no Brasil quem não se qualificar não sobe na vida. E quem não estuda só poderá ser mesmo presidente da República, ministro, senador, deputado, prefeito e vereador. Ou jornalista.